O conceito de business partner (BP) é uma das grandes tendências e apostas do RH moderno, especialmente quando estamos falando de RH estratégico.
Todavia, apesar da sua popularidade, esse cargo dificilmente tem uma definição efetiva de seu papel e suas competências. Não à toa, tal falta de definição causa uma grande confusão em torno da sua imagem.
Podemos atribuir ao termo BP, criado em 1980 por Dave Ulrich, a seguinte definição: profissional que consegue gerir, dentro de uma empresa, a relação entre a área de recursos humanos e a área de negócios. Mas como isso acontece? E quais aptidões um profissional deve ter para atuar como um BP?
Tendo ciência dessas dificuldades, a Talentbrand escreveu um artigo para ajudar a sanar as dúvidas mais frequentes sobre o cargo que vem dando o que falar no setor de RH!
Vamos recapitular o papel do business partner: atuar como mediador entre o RH e a área de negócios. Mas, reparou que se trata de algo extremamente amplo? Há várias formas pelas quais isso pode se dar, várias atribuições que se encaixam nessa descrição. E é exatamente esse um dos principais “problemas” do cargo.
Devido ao seu perfil generalista, o BP pode sofrer com a designação de tarefas não condizentes com suas principais competências.
Por isso, é necessário detalhar e delimitar linhas um pouco mais rígidas a respeito do que é ou não parte do dia a dia desse profissional.
Na prática, podemos dizer que algumas das habilidades de um business partner são:
Um tanto previsível, levando em consideração sua definição principal. A necessidade de se ter um business partner surgiu de um maior engajamento do capital humano de uma empresa com sua área executiva. Hoje em dia, os colaboradores representam uma das maiores, senão a maior riqueza e fonte de crescimento de uma empresa.
Com isso, é natural que essa relação seja explorada de forma a beneficiar ambos os lados. Ou seja, o bem estar dos funcionários e desenvolvimento da instituição em que trabalham.
Normalmente, BP são profissionais que começaram em alguma área dos recursos humanos. Isso porque, ao contrário da crença popular, ser um profissional de RH vai além de saber lidar com pessoas.
Há várias questões técnicas nesse campo que são de grande relevância na hora de gerir uma empresa. Evidentemente, para o cargo de business partner é necessário saber trabalhar de forma estratégica com os colaboradores.
Esse item é o “fator x” de um business partner! Diferentemente da maior parte das áreas de atuação no RH, um BP precisa entender - e muito bem! - de negócios. Análises de dados e demandas, gráficos, estatísticas, incorporação de planos empresariais… Todos esses são elementos presentes no cotidiano de quem decidir seguir essa carreira.
Assim como em qualquer cargo, há algumas características desejáveis num business partner. Apesar delas serem um pouco mais difíceis de traçar, devido tanto à amplitude de atuação quanto ao fato da área ser relativamente nova, ainda assim é possível separar alguns pontos de convergência nesses profissionais.
Todavia, vale uma ressalva: certas competências, aptidões e atribuições são específicas e variam de empresa para empresa! Aqui serão citados fatores comuns entre a maioria delas.
Para ser um bom business partner, é preciso saber como elaborar uma intersecção entre o RH e os planos empresariais. Ou seja: a partir das informações que um BP tem do seu capital humano, ele saberá a viabilidade e os passos necessários para executar as demandas da empresa.
Intimamente ligado ao item anterior, apesar da importância de saber como traçar planos que incluam os funcionários e as metas de negócios, é crucial saber como colocá-los em prática!
Considerando que um BP terá que lidar tanto com a parte executiva e financeira quanto com o setor de recursos humanos e os colaboradores, é intuitivo pensar na necessidade de criar mediações.
Uma observação importante desse tópico é: tão importante quanto a mediação para um business partner, é a capacidade de criar e manter bons relacionamentos.
Ser capaz de detectar riscos em planos e ações empresariais é outra atribuição de um BP. Afinal, lembre-se: esse profissional terá um papel de destaque nos processos de tomada de decisão.
Basicamente um compilado de todos os itens anteriores! A partir de todas as habilidades mencionadas, um business partner deve ser capaz de criar atividades como: promover uma visão e gestão estratégica de talentos, explorar as implicações - também estratégicas - do setor de RH a favor dos negócios e ter uma alta percepção dos principais elementos empresariais e organizacionais.
Com uma maior conscientização dos CEOs e das empresas num geral em relação ao papel estratégico do RH, carreiras como BP estão em ampla ascensão.
Já se tornou um consenso que saber explorar bem novos talentos, ao mesmo tempo que manter a satisfação dos colaboradores, é um dos principais fatores no desenvolvimento de uma empresa. E, claro, se for possível cruzar isso com as demandas de negócios, não seria esse o caminho para o sucesso?
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