CULTURA E GESTÃO

Mulheres em cargos de liderança: 5 ideias que precisam ser descontruídas!

Amanda Müller
HR Intelligence
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As mulheres estão sub-representadas em cargos de liderança em vários setores, incluindo política, saúde e negócios.

Apesar do progresso gradual dos direitos das mulheres, as desigualdades de gênero persistem em todas as regiões do mundo. No campo econômico, as mulheres encontram obstáculos para entrar no mercado de trabalho e são a maioria dos desempregados

Em relação à mão de obra feminina, estereótipos de gênero ainda contribuem para que as mulheres se concentrem em determinadas atividades, sobretudo no setor de serviços, ocupando empregos precários (tempo parcial ou trabalho no setor informal). 

As mulheres também permanecem sendo sub-representadas em cargos gerenciais e são ainda mais à medida que se sobe na hierarquia. No Brasil, por exemplo, 63% dos cargos gerenciais são ocupados por homens, enquanto as mulheres representam somente 37%.

Infelizmente, esse problema se agravou nos últimos anos, mostrando que não é o momento de deixar essa discussão de lado. Por isso, no artigo de hoje, falaremos sobre cinco ideias que precisam ser desconstruídas sobre mulheres em cargos gerenciais.

Ideias falsas sobre mulheres em cargos de liderança

Você já sabia que além de serem minoria em cargos de liderança, as mulheres que conseguem romper os “tetos de vidro” e alcançar posições hierárquicas elevadas ainda ganham menos do que os homens que ocupam cargos e responsabilidades equivalentes?

Por que essa realidade persiste, mesmo nas empresas que reconhecem a necessidade de promover a equidade de gênero? Um estudo da Deloitte Brasil mostrou que o principal impedimento para mudanças é a conscientização, a resistência interna e os estereótipos referentes à mulher no mercado de trabalho. 

O que é estereótipo?

Antes de mais nada, vamos entender melhor o significado do termo “esteriótipo”. O estereótipo é uma crença, coletiva e compartilhada pela maioria, que amplia e distorce uma realidade para produzir determinada imagem de um grupo. 

Aqui na nossa discussão, queremos desconstruir o estereótipo de gênero, que atribui traços de personalidade e comportamentos baseados no sexo de uma pessoa: as mulheres podem cozinhar, os homens são “faz-tudo”, as mulheres cuidadoras, os homens são ambiciosos, etc. Então, vamos desconstruir essas ideias falsas?

1. “Mulheres não são ambiciosas”

Falso! A ambição profissional não é exclusiva dos homens, muito pelo contrário: 93% delas percebem a ambição como um valor positivo e como uma força motriz para a autorrealização. 

Uma pesquisa realizada nos EUA, pela consultoria Bain&Company, indicou que 43% das mulheres aspiram à alta administração quando estão nos primeiros dois anos de seu cargo, em comparação com 34% dos homens nessa fase. Portanto, é um equívoco acreditar que as mulheres não chegam ao topo da carreira por falta de interesse.

2. “As mulheres são muito limitadas pela vida pessoal para investir na vida profissional”

Falso! A pesquisa Ivanti Women in High Tech levantou essa questão: “Qual é o maior desafio para uma mulher no setor de alta tecnologia?". A resposta foi clara: para 60% das mulheres envolvidas, é sobretudo “ser levado a sério na indústria por causa das percepções de gênero”. Além disso, “apenas” 25% deles colocam a flexibilidade no trabalho como um grande desafio.

Outro dado interessante é fornecido pela consultoria The Boston Consulting Group, que entrevistou mais de 6000 profissionais de diversos países para avaliar o tema. A análise indicou que, mesmo após casadas e com filhos, as mulheres continuam desenvolvendo a carreira, embora executem 2,6 vezes mais tarefas domésticas do que os homens.

3. “As mulheres não são tão qualificadas quanto os homens, por isso ganham menos”

Falso! Muito pelo contrário! No Brasil, desde 1985, o número de mulheres com um diploma superior nas mãos supera o dos homens. Dados da PNAD, mostram que, embora estudem mais, as mulheres recebem cerca de 20% menos do que o salário pago aos homens, mesmo quando comparamos trabalhadores com o mesmo perfil, escolaridade e ocupação.

Nos EUA, a Bloomberg Businessweek mostrou os resultados de uma pesquisa com 1.055 ex-alunos de MBA de quase 60 programas de elite em todo o mundo. E os dados não mentem: mulheres que possuem um MBA ganham cerca de US$ 11.000 a menos do que homens com o mesmo diploma, diferença que aumenta com a senioridade, chegando a US$ 60.000.

4. “As mulheres não negociam tanto o salário quanto os homens”

Falso! Dessa vez é a pesquisa realizada pela consultoria McKinsey&Company que nos fornece os dados para contestar essa falácia. Os resultados apontam que as mulheres pedem promoções e aumentos com a mesma frequência que os homens: 31% das mulheres pesquisadas vs. 29% dos homens negociaram um aumento nos 2 anos anteriores à pesquisa, 37% das mulheres e 36% dos homens negociaram uma promoção.

Ainda, um estudo do Glassdoor indica que no âmbito das negociações salariais, os homens foram três vezes mais bem sucedidos do que as mulheres. Essa disparidade não está relacionada à habilidade de negociar, mas sim com os esteriótipos de gênero: homem pedindo aumento é ambição profissional, já a mulher é vista como gananciosa.

5. “As mulheres não performam bem como líderes”

Falso! Mulheres são excelentes líderes! Isso é o que mostra uma pesquisa recente da Harvard Business Review ao analisar a eficiência das mulheres em cargos de liderança durante a pandemia do novo Coronavírus. O estudo indicou que as empresas com liderança feminina obtiveram mais resultados positivos do que as chefiadas por homens.

Ainda segundo este estudo, as mulheres em cargos gerenciais foram melhor avaliadas do que os homens em 13 das 19 competências gerais de liderança. Além disso, as líderes femininas possuem mais soft skills, como colaboração, trabalho em equipe e motivação.

*

Quantas falácias envolvendo o tema de mulheres em cargos de liderança, não é mesmo? De fato, ainda existe muito a ser desconstruído para que a equidade de gênero seja alcançada. Por isso, essa discussão é muito importante, tanto para as colaboradoras, quanto para o RH das empresas.

Isso porque diante da pressão e competição contínua por profissionais qualificados, a retenção e a atração de talentos estão no topo da lista de prioridades. Portanto, ao abrir novas maneiras de acessar talentos femininos e reter seniores, oferecendo oportunidades de crescimento iguais para homens e mulheres, as organizações estão criando um ambiente de trabalho mais inclusivo e sustentável.

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Amanda Müller
Apaixonada por Inteligência e Tecnologia no setor de Recursos Humanos. Estou sempre disposta a conversar e trocar insights :) Precisa de ajuda para contratar? Converse comigo!